19.8.17

parar de fumar requer planejamento

“Continue fazendo o que você sempre fez que você chegará onde você está”.

A frase acima parece estúpida, né? Redundante, óbvia. Todavia, o óbvio às vezes precisa ser lembrado, caso contrário ele pode ser esquecido ou se tornar invisível.

Repeti o mesmo padrão durante minhas seis tentativas anteriores de parar de fumar:

1) Parava de fumar de supetão;

2) Jogava todos os cigarros na privada de casa e jurava para mim mesma que nunca mais ia fumar;

3) Algumas vezes usei selinho de nicotina, outras não;

4) Somente um mês e meio depois de desespero, angustia, choro e insônia, buscava ajuda com minha médica homeopata;

5) Me matriculava numa academia somente depois de constatar que tinha engordado 2,5kg.

Repeti esse processo durante seis vezes. SEIS. Como não percebi que ele não estava funcionando se eu sempre fracassava e recaía? Se os métodos que eu estava usando eram eficazes, por que eu sempre retornava ao vício? Ora, simplesmente porque eles não eram eficazes! E, simplesmente, porque nunca admiti para mim mesma que uma das minhas maiores barreiras não era parar, mas permanecer sem fumar! E que o maior motivo da impermanência era, sim, o ganho de peso.

Só podemos lidar com nossos problemas, nossos medos, quando os reconhecemos, os admitimos, os encaramos e os enfrentamos.

Por esse motivo decidi fazer tudo diferente na sétima (e espero derradeira) tentativa.

O PLANO DE GUERRA

1) Fiz o que alguns especialistas recomendam de marcar uma data relativamente próxima.

2) Durante os 30 dias que antecederam a data escolhida mudei diariamente as marcas dos cigarros. Eu era viciada em Marlboro Ligth, mas passei um mês fumando uma marca diferente por dia para descondicionar meu organismo das substâncias do meu cigarro predileto – até Derby fumei;

3) Me matriculei numa academia e passei a fazer Jump e Pilates três vezes por semana -  fiquei extremamente assustada com minha falta de fôlego na primeira semana. Antes de me matricular na academia tinha o hábito de andar de bike e vez ou outra fazer yoga (nunca fui sedentária, mas também nunca fui fã de academia).

4) Reduzi drasticamente a ingestão de carboidratos e bebidas alcóolicas nesses 30 dias, adotando a dieta Low Carb (e mais tarde sofri algumas consequências negativas por isso, contarei mais adiante);

5) Procurei minha médica homeopata (sobre minha escolha pela homeopatia falarei em outra postagem) e comecei a tomar umas gotinhas homeopáticas  para regular a compulsão e o humor;

6) Emagreci 3kg antes deparar de fumar

7) Fiz diversas pesquisas sobre tabagismo, alimentação, alimentos termogênicos e afins;

8) Voltei a meditar 20 minutos por dia todos os dias;

9) Deixei a maioria dos meus trabalhos (textos e relatórios) adiantados, pois por experiência própria sabia que nas primeiras semanas sem cigarro a concentração fica péssima e qualquer pequeno estresse vira uma bomba atômica -  indico que a data estipulada seja num período de férias.


Faltando alguns dias para a data estipulada chegar eu já estava tão ansiosa para começar o processo, tão imersa e focada, que acabei antecipando “o grande dia”.

Se minhas novas estratégias me levarão ao sucesso, ainda é cedo para afirmar, afinal, estou sem fumar apenas há 100* dias e aprendi a não subestimar o vício (foram seis recaídas, oh lord!). Mas que elas tornaram o início do processo muito menos sofrido, posso garantir.

No próximo post vou contar como foi a minha primeira semana sem cigarro, emocionalmente falando e estrategicamente falando.

Quer parar de fumar mas tem medo de engordar? Vem comigo que eu te explico no caminho.

monicamontone

Nota: *escrevi o texto com pouco mais de três meses sem fumar, época em que comecei a escrever para o blog mas não tinha coragem de postar. Atualmente estou há 9 meses sem fumar. 



imagem: google 

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