“Continue fazendo o que você sempre fez que você chegará
onde você está”.
A frase acima parece estúpida, né? Redundante, óbvia.
Todavia, o óbvio às vezes precisa ser lembrado, caso contrário ele pode ser
esquecido ou se tornar invisível.
Repeti o mesmo padrão durante minhas seis tentativas
anteriores de parar de fumar:
1) Parava de fumar de supetão;
2) Jogava todos os cigarros na privada de casa e jurava para
mim mesma que nunca mais ia fumar;
3) Algumas vezes usei selinho de nicotina, outras não;
4) Somente um mês e meio depois de desespero, angustia,
choro e insônia, buscava ajuda com minha médica homeopata;
5) Me matriculava numa academia somente depois de constatar
que tinha engordado 2,5kg.
Repeti esse processo durante seis vezes. SEIS. Como não
percebi que ele não estava funcionando se eu sempre fracassava e recaía? Se os
métodos que eu estava usando eram eficazes, por que eu sempre retornava ao
vício? Ora, simplesmente porque eles não eram eficazes! E, simplesmente, porque
nunca admiti para mim mesma que uma das minhas maiores barreiras não era parar,
mas permanecer sem fumar! E que o maior motivo da impermanência era, sim, o
ganho de peso.
Só podemos lidar com nossos problemas, nossos medos, quando
os reconhecemos, os admitimos, os encaramos e os enfrentamos.
Por esse motivo decidi fazer tudo diferente na sétima (e
espero derradeira) tentativa.
O PLANO DE GUERRA
1) Fiz o que alguns especialistas recomendam de marcar uma
data relativamente próxima.
2) Durante os 30 dias que antecederam a data escolhida mudei
diariamente as marcas dos cigarros. Eu era viciada em Marlboro Ligth, mas
passei um mês fumando uma marca diferente por dia para descondicionar meu
organismo das substâncias do meu cigarro predileto – até Derby fumei;
3) Me matriculei numa academia e passei a fazer Jump e
Pilates três vezes por semana - fiquei
extremamente assustada com minha falta de fôlego na primeira semana. Antes de me
matricular na academia tinha o hábito de andar de bike e vez ou outra fazer
yoga (nunca fui sedentária, mas também nunca fui fã de academia).
4) Reduzi drasticamente a ingestão de carboidratos e bebidas
alcóolicas nesses 30 dias, adotando a dieta Low Carb (e mais tarde sofri
algumas consequências negativas por isso, contarei mais adiante);
5) Procurei minha médica homeopata (sobre minha escolha pela
homeopatia falarei em outra postagem) e comecei a tomar umas gotinhas
homeopáticas para regular a compulsão e
o humor;
6) Emagreci 3kg antes deparar de fumar;
7) Fiz diversas pesquisas sobre tabagismo, alimentação,
alimentos termogênicos e afins;
8) Voltei a meditar 20 minutos por dia todos os dias;
9) Deixei a maioria dos meus trabalhos (textos e relatórios)
adiantados, pois por experiência própria sabia que nas primeiras semanas sem
cigarro a concentração fica péssima e qualquer pequeno estresse vira uma bomba
atômica - indico que a data estipulada
seja num período de férias.
Faltando alguns dias para a data estipulada chegar eu já
estava tão ansiosa para começar o processo, tão imersa e focada, que acabei
antecipando “o grande dia”.
Se minhas novas estratégias me levarão ao sucesso, ainda é
cedo para afirmar, afinal, estou sem fumar apenas há 100* dias e aprendi a não
subestimar o vício (foram seis recaídas, oh lord!). Mas que elas tornaram o
início do processo muito menos sofrido, posso garantir.
No próximo post vou contar como foi a minha primeira semana
sem cigarro, emocionalmente falando e estrategicamente falando.
Quer parar de fumar mas tem medo de engordar? Vem comigo que
eu te explico no caminho.
monicamontone
monicamontone
Nota: *escrevi o texto com pouco mais de três meses sem
fumar, época em que comecei a escrever para o blog mas não tinha coragem de
postar. Atualmente estou há 9 meses sem fumar.
imagem: google
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