Um dos sintomas mais
comuns de quem para de fumar é a sensação de tristeza, uma leve depressão. Isso
acontece porque ao pararem bruscamente de consumir cigarros, o cérebro começa a
liberar uma proteína responsável por essa sensação.
A descoberta foi realizada
por uma pesquisa do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH, na sigla em
inglês), do Canadá, divulgada nessa semana no Archives of General Psychiatry.
Segundo o cientista
Jeffrey Meyer, autor do estudo, o abandono do cigarro, entre aqueles que acendem
um atrás do outro, leva ao aumento de proteínas do cérebro relacionada à
alteração de humor, chamadas monoaminas cerebrais (MAO-A, na linguagem médica).
Ao analisarem o
cérebro de 48 pessoas, divididas em grupos de fumantes e não fumantes, a equipe
liderada por Meyer descobriu que os níveis de MAO-A em regiões do cérebro que
controlam o humor aumentou 25% após o então fumante ter deixado de dar as
baforadas por oito horas. Esses níveis eram muito mais elevados do que o
apontado no outro grupo.
A proteína MAO-A age
como “comedora” de substâncias químicas no cérebro, como a serotonina, que
criam a sensação de bem estar. Quando os níveis da proteína são muito elevados,
como o que ocorre quando o fumante exclui o cigarro da sua vida, significa que
esse processo de remoção está bastante ativo, fazendo com que as pessoas se
sintam tristes.
Todos os 48
participantes preencheram questionários e os fumantes com os níveis mais altos
de MAO-A também eram os que mais sentiam tristeza.
Compreender a tristeza
durante a abstinência do cigarro é importante porque essa sensação torna
difícil para as pessoas pararem de fumar, especialmente nos primeiros dias.
Além disso, o tabagismo pesado está muito associado com a depressão clínica.
imagem: google
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