Criamos rituais para quase tudo o que fazemos e esse comportamento automático (e muitas vezes inconsciente) tem a função de gerar códigos para que nossa mente entenda o que desejamos fazer.
O ritual de acordar, por exemplo, cada um tem o seu, mas caso acordemos atrasados para um compromisso e deixemos de cumprir alguma etapa do "ritual acordar" sentimos que o dia demora a engatar, ocorre uma sensação de dispersão e atordoamento, não é mesmo?
Fumantespesados (como fui) costumam incluir um ou doiscigarrosno meio do ritual de despertar. E fazem isso por anos a fio. Como acordar então, sem parte do ritual? Como fazer a nossa mente entender que acordamos? Criando um novo ritual!
No começo a mente vai chiar, não vai entender bem o comando e só de pirraça vai ofertar atordoamento e dispersão aos baldes, mas com tempo tudo se ajeita - li outro dia que a nossa mente precisa de 21 dias para criar um novo hábito. Eu, que semprefumavaao acordar - e enquantofumavachecava emails e redes sociais - passei a usar esse tempo da manhã para cuidar da pele do rosto e me alongar. Sempre achei o máximo as garotas disciplinadas que lavam o rosto com sabão neutro em movimentos circulares, depois passam tônico, protetor solar e bbcrem logo pela manhã. Pois bem, me tornei uma delas! Outra mudança?
Mudei por um tempo de Café. Sempre amei ler e escrever em Cafés e quase todos os dias eu ia para o "meu escritório, um bistrô charmoso com mesas ao ar livre e liberado para ofumo. Porém, percebi que bastava me sentar na "minha cadeira" para uma ansiedade tremenda me queimar no peito. Parei de frequentar o "meu escritório" por um tempo e acabei descobrindo lugares ótimos nas redondezas. Portanto, fica a dica:fumavasempre que sentava no canto x do sofá? Não sente no canto x;fumavaantes de dormir? Crie um hábito que só fará antes de dormir (que tal chá?). Detecte todos os rituais que fazia com ocigarroe coloque um novo (e mais saudável) hábito no lugar dos que puder. Se faz necessário a criação de uma nova rotina quando paramos defumar,não tem jeito. A boa notícia é que depois de alguns meses conseguimos retomar alguns prazeres antigos, mas sem ansiedade - eu, por exemplo, voltei a frequentar meu escritório e já não fico mais agitada quando me sento "na minha" cadeira. Viva!
monicamontone
foto: minha nova mesa de trabalho.
antes tinha cigarro e cinzeiro cheio, agora tem chá e chiclete sem açúcar
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